domingo, 12 de abril de 2009

Quais são as cores do mundo?


Uma vez me disseram que a vida deveria ser como o mar. Aquele mar que tem suas marés... Altas e baixas, marés mortas, calmarias e tempestades, ressaca ou somente ondas. De vez em quando conseguimos ver a areia, as vezes não. Lá, podemos ver barcos, sentir o sabor da água, e seus pingos; podemos mais, inclusive escutar tudo o que conseguimos e o que não, damos um jeito.

Ótima analogia. Ótima analogia de uma pessoa que naquela noite de lua cheia me disse tudo. Com o tempo chegou a aurora, resplandescente. A noite foi terminando e com ela o encontro com meu (quase) futuro amigo. Infelizmente não o vejo mais.

Na verdade sua analogia estava pronta, sempre esteve diante de nós... Ela serve com o céu, com os rios, com as montanhas e floresta, como também com aquilo que dizemos: "menores", como pedras, folhas, areias...

Ah... Se soubéssemos que a vida está em tudo...
Tudo é vivo, mas simplesmente dizemos que não porque achamos que as coisas não vivem como nós...

Temos as mesmas cores que o mundo e os mesmos sons do mundo.


A propósito, na última frase fiz referência tanto a "La moulade" (quadro abaixo (Matisse)) quando a "Die Hebriden" música que Mendelssohn compôs quando visitava as "Hebridas" (imagem do topo). Quem escuta a música se sente no lugar... Sinceramente. (Quem quiser eu mando por e-mail).

Um comentário:

Felipe Corrêa disse...

ele tinha razão. E como você já disse: "perfeita analogia". E de fato, se percebêssemos a complexidade e a perfeita harmonia das coisas que nos cercam, nos sentiríamos mais vivos ainda... eu diria que somos personagens de um teatro no qual estamos tão preocupados com a atuação, que esquecemos a beleza do cenário. E para finalizar, me veio agora em mente que, nossa vida se tornaria mais viva, se apreciássemos mais as coisas não vivas. excelente texto meu caro. (e quero a música sim!!!)